2.1.08


















A distribuição dos prémios
aos vencedores do Concurso Nacional “À Descoberta das Regiões Polares” continua. Depois das visitas guiadas ao Oceanário para os nossos vencedores mais pequeninos, chegou a altura de distribuir as Visitas Guiadas aos Bastidores do Oceanário para os nossos alunos maiores.

As primeiras visitas tiveram lugar no dia 20 de Novembro com alunos do Colégio Dona Maria Pia. Nas duas visitas realizadas neste dia os alunos tiveram a oportunidade de ser acompanhados pela educadora Mafalda.

A visita começou à exposição temporária existente no Oceanário intitulada Bastidores do Oceanário. Nesta parte da exposição foi possível ver um espaço semelhante ao conhecido como quarentena. O Espaço da Quarentena do Oceanário é vedado a qualquer tipo de visita externa (mesmo aos educadores do Oceanário) uma vez que se trata de um espaço semelhante a um hospital onde se cuidam os animais doentes ou que estão a chegar ao Oceanário e onde se situa também a Maternidade. Desta forma, esta exposição localizada junto ao aquáro central pretende mostrar aos visitantes do Oceanário um pouco do que se passa no verdadeiro espaço de quarentena.

Neste espaço, os nossos vencedores puderam observar um aquário de reprodução de corais.

Esta reprodução realiza-se em cativeiro porque os corais (que são animais e não plantas) estão em vias de extinção quer devido ao aquecimento das águas, e às alterações climáticas, onde vivem quer devido a catástrofes naturais como tsunamis. Assim, o que se pretende é que os aquários mundiais tenham espécies em cativeiro para poderem trocar entre si (e assim evitarem ir buscar espécies à natureza), mas também terem espécies para devolver ao Oceano em caso de catástrofe. A Mafalda alertou-nos ainda para o facto de, visto os corais se tratarem de animais, o seu transporte e posse mesmo quando mortos é ilegal e tão grave como possuir uma pata de canguru ou um dente de elefante.

Posteriormente à visita ao interior do Oceanário e a uma espreitadela ao aquário central foi a vez de nos deslocarmos nos corredores técnicos do Oceanário e de ir espreitar os seus bastidores.







Assim, prosseguimos até à parte inferior do Oceanário, encontrando-nos na fotografia em cima por baixo do aquário central na casa das máquinas. É aqui na casa das máquinas que toda a água do Oceanário é tratada e reutilizada ou eliminada. A água utilizada nos aquários do Oceanário é água doce da torneira que após entrar no Oceanário é tratada em diferentes etapas. Nestas diferentes etapas pretende-se eliminar o cloro, o flúor. O cloro é eliminado através de um filtro de carvão. Depois de eliminados estes componentes é necessário tornar a água salina uma vez que os Oceanos (habitat natural dos animais aqui residentes) são salgados. Desta forma são introduzidos na água do aquário central 8000 Kg de sal por mês. Não se trata de um sal qualquer mas sim do sal mais puro da Terra que é extraído do Mar Vermelho de Israel.

Quando a água é reutilizada a eliminação dos detritos, organismos e microorganismos que nela existem é essencial.

Quando terminamos a visita à parte inferior do Oceanário foi altura de ir visitar o topo do aquário central.

É nesta zona que os animais são tratados e alimentados e é também por aqui que mergulhadores e pessoal técnico mantém o aquário limpo e funcional.

A parte superior é dividida por passadeiras metálicas que formam pequenos rectângulos que não são mais que espaços territoriais onde alguns dos habitantes do aquário global são alimentados.

A alimentação destes animais é feita diariamente, comendo todos eles a horas e dias específicos da semana, garantindo-se desta forma que todos estão bem alimentados e que por isso a interacção predador-presa não ocorrerá dentro do aquário. Esta forma de alimentação individualizada permite ainda perceber a quantidade de alimentação que cada um come e alterações comportamentais em cada um dos animais.

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