16.1.08

Dormindo com os Tubarões - 2




A noite do dia 12 de Janeiro de 2008 começou às 20h00 para 19 meninos e meninas, 7 do Jardim de Infância e Escola Básica 1 de Ventosa, Lourinha, e 9 da Escola Básica 2,3 de Júdice Fialho.

A sessão de apresentação deu início ao grande cerimonial que nos esperava. Para nos acompanhar nesta aventura estavam lá a Patrícia, a Joana e a Teresa, 3 monitoras do Oceanário de Lisboa

E o que aprendemos...!!!


Olhem, por exemplo, que as raias pertencem ao mesmo grupo dos tubarões pois ambos apresentam um esqueleto cartilagíneo (sem estrutura óssea) e têm fendas branqueais. Uma das principais diferenças entre eles é que as fendas branqueais nos tubarões são de lado e nas raias são inferiores. Até vimos uma raia que mais parecia um tubarão. Se têm dúvidas, quando vierem ao Oceanário de Lisboa reparem como os tubarões nadam. Contorcem-se todos de um lado para o outro numa dança que mais parecem cães que não vêm o dono ha imenso tempo.


E os dentes dos tubarões?
Uns são finos, compridos e pontiagudos como o dente de um garfo; outros são largos e serrilhados, cortando como facas; outros apresentam uma composição mais elaborada; e ha mesmo os que nem dentes têm.

Já sei o que estão a pensar... Não, os tubarões não são os monstros que os filmes de terror nos querem fazer acreditar. São animais como todos os outros que precisam de se alimentar e lutam pela defesa do seu território.

Dormir a admirar tão belos e possantes animais, numa tranquilidade de água azul, foi uma tarefa um pouco complicada pois a emoção e ansiedade tomava já conta do nosso corpo. Mas passado pouco tempo o cansaço levou a melhor. Para fazer companhia ás diferentes espécies de tubarões (zebra, de pontas negras, cinzento, de pontas brancas, touro, de pijama, ...) estava lá um cardume de cavalas, peixes agulha, peixes palhaço, 2 peixes lua, águias-do-mar, ...


Apesar de muito cedo, acordámos no dia seguinte sem qualquer esforço tal era a ansiedade de ver tudo à luz do dia. Depois de um bom pequeno almoço, fomos brindados com um espectáculo de mergulho pelos coloridos papagaios do mar.

E a lontra Eusébio e a sua companheira Amália? Que gordos e lustrosos repousavam boiando de barriga para cima na sua piscina privada.

Os pinguins-de-magalhães la estavam, na sua vulgar pacificidade, assegurados por um ambiente bem mais fresquinho, como lhes convém.

As coloridas medusas, anémonas e estrelas do mar, são um verdadeiro desafio ao pintor mais arrojado.

Dos peixinhos pirilampo só se viu mesmo o piscar das luzinhas. Noite estrelada mais bonita numa sinfonia de brilhos que parecia feito especialmente para nós.
Os óvos de tubarão cá se encontram no aquário à espera de eclodirem. Ja se consegue perceber perfeitamente o vulto do animal que lá está dentro protegidinho pela casca composta de queraina.
E olhem só para estes Dragões do Mar que quase não se distinguem entre a vegetação


Que mais poderíamos desejar?

Pensar que tudo isto se encontra ameaçado no nosso planeta pois o respeito do homem pela natureza, pelos animais e seus habitats, está seriamente comprometido.

E é tão fácil contribuir: separar e reciclar os materiais; diminuir o consumo desnecessário de artigos e tentar ao máximo recuperar e reutilizar os que temos; racionalizar o consumo de água; reduzir ao indispensável o consumo de combustíveis; não desperdiçar comida e estar atento às origens dos alimentos e outros produtos que utilizamos; ...

Como vêm não é nada de complidado, basta querer e todos nós podemos.

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